Doze Badaladas

Quando tocarem as doze badaladas
da hora silenciosa em que devo partir,
cerrarei as cortinas da vida,
deixarei o palco das ilusões,
para atuar em um palco sem vaidades,
explorando todas as qualidades
que o palco das ilusões
não me permitiu mostrar.


A vida é uma grande utopia,
onde muitos não sabem à que vieram,
ou mesmo se vieram, de algum lugar.


O tempo voa sem percebermos e
leva consigo toda a juventude,
deixando para trás todas as marcas
de uma difícil experiência de vida.
E quando tocarem as doze badaladas,
da hora silenciosa em que devo partir,
seguirei meu caminho na certeza
de que minha missão aqui, se cumpriu...

Autoria: Simone Borba Pinheiro
Data: 02 / 01 / 05