


Antonio Manoel Abreu Sardenberg, filho de Aggêo Paulino Sardenberg e Niette Perlingeiro Abreu Sardenberg, nasceu em Sto Antonio de Pádua/RJ, em 18/08/1947, residindo em São Fidélis/RJ, cidade que adotou e da qual é cidadão honorário. Advogado civilista, consultor jurídico de uma grande empresa nacional, escritor e poeta, é casado há 33 anos com Marlene Rangel Sardenberg, com quem tem um casal de filhos: Matheus Rangel Sardenberg (29 anos de idade - médico veterinário) e Andrezza Rangel Sardenberg. (27 anos médica especializada em Endocrinologia e medicina estética)

Meu Velho Pião
Antonio Manoel Abreu Sardenberg
Peguei a fieira fina,
Enrolei no meu pião.
Dei um impulso com o pulso
Lancei o brinquedo ao chão.
Vi meu passado girando
E aos poucos fui lembrando
As voltas que vida dá
E que não podem voltar
Como o giro de um pião!
Gira, meu velho pião,
Não perca tempo com o tempo
Pois que a vida é momento,
O resto é só ilusão...
Não adianta remorso
E nem arrependimento...
O que girou, já girou,
O passado já passou,
Pode esquecer que é besteira,
É pião que foi lançado
E com o punho arremessado
Pela ponta da fieira...

Encruzilhada
Antonio Manoel Abreu Sardenberg
Na encruzilhada da vida,
A dúvida bate tão forte
Que a gente perde o norte,
A reta, a rota, o rumo...
Perde o equilíbrio, o prumo,
O tino, o jeito, o porte.
Perde o fio da meada
E, para achar a estrada,
É preciso muita sorte.
A razão com seu jeitinho
Fala pra gente baixinho
Qual o caminho mais certo,
Qual o atalho mais perto,
Onde fica o paraíso!
Aí vem o coração
Cheio de sonho e paixão
A discordar do juízo...
A incerteza aparece.
Nosso peito então padece,
Sem saber a quem ouvir.
E pra gente se encontrar,
Aonde devemos ir?
Vamos partir para o norte,
O leste, o centro, o oeste
Ou esperar que, na noite,
Naquele céu todo azul
Brote o cruzeiro do sul
Nos apontando ao certo
O nosso porto seguro
E nos tirar do apuro,
Nos resgatar do deserto
E com a lição aprender
Que, em toda encruzilhada,
Há uma direção errada,
E outra que é a certa,
Que nos conduz a chegada!

Meu & Fel
Antonio Manoel Abreu Sardenberg
Dou minha vida pelo amor que sonho
E agradeço a DEUS tudo que tenho.
Por mais que seja forte o meu empenho,
Trago no peito um coração cansado
E o corpo preso num pesado lenho.
E todos nós devemos entender
Que nessa vida tudo é mesmo assim:
Não adianta a gente não querer,
O que será irá acontecer,
Todo princípio tem também um fim.
Que a vida é bela não se questiona.
É linda, terna, tem sabor de mel
E uma dinâmica que impressiona!
E se por ela a gente se apaixona,
Às vezes sente o amargor do fel.
É nessa mescla de prazer e dor
Que a gente vê de forma comovida
Que quando o fel nos traz o amargor
É que aprendemos a dar mais valor
Ao doce mel que nos adoça a vida.

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