Nasceu em maio 1961. Em São Paulo, Capital. Bairro do Tatuapé. 
Curso secundário. Trabalhou durante alguns anos na Fiesp 
(Federação das Indústrias de São Paulo). Saiu e foi 
trabalhar no rádio e na televisão como secretária, 
locutora e publicitária. Tendo trabalhado na TV Gazeta canal 11, 
Rádio Tupi, Rádio Universitária de Guarulhos, TV Bandeirantes 
e outras mais. Foi assistente de produção de 
programas de Rádio e TV. Hoje ainda exercendo 
a profissão de publicitária. Estudou piano, enfermagem, 
cursou o secretariado Foi decoradora do Play Center. 
Fazia trabalhos de artesanato, até conhecer a net que passou 
a ocupar a maior parte do seu tempo. Radioamadora 
apaixonada pela comunicação em geral. Começou a 
escrever poesia desde os 10 anos de idade. Tendo feito traduções 
do espanhol e italiano para cantores. Estando sempre voltada 
para as artes em geral. Alegre, solidária e profundamente 
apaixonada pelo ser humano. 
Como todo poeta, uma sonhadora incorrigível... 
 


 

 

Que Importa?...
Marilena Trujillo

Já não adianta disfarçarmos,
Embora o medo exista e insista...
Estamos caídos, apaixonados...
Não há coragem que resista...

Quando seus lábios engolem
Minhas palavras, no longo beijo...
E suas mãos desalinham meus
Cabelos, somos apenas desejo...

Nosso adeus virou rotina, mentira,
Mal o dia nasce, tudo se repete...
Carinhos, entrega, paixão, amassos,
E o estonteante calor da sua pele...

Que importa então se é por hoje?...
Nosso encontro é sempre reprise,
De gostosos e espertos pecados...
O amor maior em cada crise.

Se o receio de perder existe...
O amor desgovernado nos une.
Abrasa em vontades e delírios...
Seu corpo cola e o êxtase assume...

Que importa o medo, minha vida?
O amor está em nossas entranhas.
Podemos ir para o fim do mundo,
Ele está presente, nos acompanha!...


Mary Trujillo
28.12.2005

 

 


Tudo Se Repete...
Marilena Trujillo

Tudo se repete, tudo... sempre...
As notas marteladas ao piano...
As horas repetidas badalando...
Repetido é o meu triste pranto...

Como se repete o travo amargo,
Assim como as desculpas...
Assim como repetitivos te amo...
Como minha mente me culpa...

Tudo se repete na vida...
Como este maldito piano...
O que era cisma, adivinhação,
Virou realidade, desengano...

Tudo se repete, não ha o que fazer.
É beber lágrimas, salgar a alma...
Repetir o pesadelo, a dor, a nota...
A partida repetir com toda calma...

Repetido destino, repetida má sorte,
Repetida música, repetido filme...
Que o sonho reprime, que a ilusão
Amordaça de vez e o peito oprime...

Repetirei meus erros e equívocos.
Repetirei a nota ao velho piano....
Repetirei o nunca mais e jamais...
Que morra o meu coração tirano!

Toca piano, pode repetir, isto, assim!
Trespassa o coração qual uma adaga...
Repita a música sem descanso, sem fim.
Dilacera, sangra de vez a minha chaga!...


Mary Trujillo
07.06.2005

 

 


Não São Lágrimas...
Marilena Trujillo

Não são lágrimas... não são...
É o orvalho da madrugada,
Estou pensando, pensando...
Só estou exausta, cansada...

Não são lágrimas... não são...
Apenas gotas de desilusão...
Desbotando uma linda estória.
Acordando o maldito coração...

Não são lágrimas... não são...
Apenas desencantos, certezas.
Que a alegria partiu... acabou...
Foi carregada pela correnteza.

Não são lágrimas... não são...
Apenas teimosa água a verter,
Gritando em meu peito verdades,
Fazendo-me o caminho escolher...

Não são lágrimas... não são...
São apenas ecos de um delírio,
Dizendo que chegou a hora...
De por fim ao meu martírio...

Não são lágrimas... não são...
São pedaços de gelo derretendo,
Anestesiando de vez a ilusão...
Que está expirando, morrendo...


Mary Trujillo
21.05.2005

 

 

 

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www.maritrujillo.com