


Sou autora editada.
Membro da Sociedade Portuguesa de Autores.
Livre Pensadora e autodidacta.
Optimista, dou o melhor de mim aos outros.
"Guerreira de mundos melhores", entrego-me em luta por causas nobres.
Estou sempre do lado de quem precisa de ajuda e daquilo que é justo e verdadeiro.
Fiz o Curso das Belas-Artes apenas porque admiro a Arte, em todas as suas formas de expressão.
Sempre escrevi. Poesia, ensaio e prosa poética.
Amor, poesia e sonhos são Vida para mim, como respiração de alma.
Quando não tenho sonhos, invento-os... escrevendo.
No meu direito de sonhar... em cada poema repete-se o clamor do meu sonho.
Sara Rafael
Lisboa – Portugal

Espargata
Sara Rafael
Ah! O cansaço da vontade de morrer
Assim, nesta forma mística de viver
Sentir que eu não tenho mais para fazer
E que partir deste mundo é um prazer
Bailarina extática suspensa no ar
Em posição de espargata fico a pairar
Meus pés a tocar dois mundos, sem escutar
Harmonia nesta vida, asas a parar
O mundo invisível ressoa vibrante
Acordes de melodia na minha alma
Vida e rasto onde me sinto triunfante
Ir é fácil… se não fosse a minha alma-gémea
Tão ligada na sina da minha palma
Ainda por aqui em corpo efémero
De tempos distantes, o meu baluarte
Elan vital de memória que me acalma
Vida… Como posso eu partir, deixar-te?

Esta Forma de Vida
Sara Rafael
A vida é um intervalo
Entre o jantar e o pequeno-almoço
Noite com pesadelos de alvoroço
Procurar a luz na escuridão
Buscar um refúgio em vão
Ter sonhos adormecidos e julgar
Que se está acordado, vendo o luar
E não conseguir tocá-lo.
Ah! Que prazer não tocar a realidade
Viver as sensações aladas, subtis
Alma desperta no sol da verdade!

E Se Eu Amar Uma Pluma
Sara Rafael
E se eu amar uma pluma
Onde a terra acaba e o mar começa
É cabo, é roca
É pedra na água
É circulo a girar
É Quixote, é moinho
É sonho no ar
É raiz invisível
É desejo a bailar
Não é amor impossível
Não é Safo, nem Platão
É erguer o vazio dos meus braços
Em sorrisos ao vento quando escurece

A Ti
Mulher Brasileira
Sara Rafael
Acredito em ti mulher brasileira!
Que enfrentas as cabeças altivas
E te curvas pelas almas cativas.
Tu que no mato desbravas clareiras.
Admiro-te mulher brasileira!
Mereces diamantes e safiras,
Ainda que mesmo assim tu prefiras
Ser a riqueza de uma cachoeira.
És mulher em luta ondulante a sambar.
Cheia de brio, encaras a dor com desdém.
Cortas a raiz da tristeza a cantar.
Sensual, a qualquer nobre farias feliz.
Mas a tua entrega vai mais além
Pavio e chama que arde pelo teu país!

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outros poemas da autora:
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