


Nascido em 29/03/1950, na Boca do Mato, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro (RJ), é Bacharel em Direito, Jornalista Provisionado, Poeta, Compositor (Autor) e Aposentado no cargo de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
CONTATO: pauloperes@poemasecancoes.com.br

Flor do Asfalto
Paulo Peres
Peguei carona na poesia
Numa tarde que chovia
No ventre da solidão
Plantei um verso no arco-íris,
Do meu sonho fiz raízes,
Sentinela da paixão
Caminho à estrada do teu destino,
Sou amante peregrino,
No solar da emoção
A força santa da natureza
Deu porrada na tristeza,
Sustentou-me à razão
Se no asfalto nasce uma flor
Entre automóveis, poeira e dor,
Sou da vida cantador
Meu Quarto
Paulo Peres
O chão do meu quarto
É feito de lágrima
A parede do meu quarto
É feita de grito
O teto do meu quarto
É feito de pensamento
A janela do meu quarto
É feita de saudade
A porta do meu quarto
É feita de solidão
Meu quarto é um fator endógeno:
Um grande exílio sem anistia,
Um suspiro negado de amigos;
É enfim, a nata visionária
De uma princesa que velejou
Nas cinzas do carnaval
Meu quarto
É um coração impuro,
Na verdade morto
Pelo tempo sujo
Cujo silêncio é festa
Topless
Paulo Peres
Mulher de pés descalços e seios nús,
O sol acaricia cada curva do seu corpo
Sem limite de pudor.
Mulher de pés descalços e seios nús,
Infinda fonte de ternura e sedução
Onde bebo seus delírios.
Mulher de pés descalços e seios nús,
Entrelaçamos nossos desejos
Sob as carícias que nos semeia o prazer.
Mulher de pés descalços e seios nús,
Seu orgasmo conheço, seu Eu ignoro,
Sua cama adoro.
Mulher de pés descalços e seios nús,
Beleza constante no balanço errante
De Ipanema.

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