


Má
Oliveira
Quem eu sou?
Sou paulistana de berço, Sorocabana de alma e coração.
Sou advogada, escritora amadora, cuja brincadeira começou com um livrinho que
ganhei da minha prima San, e estimulou minha mente...e eu devia ter uns 5 anos
(isso faz tempo!!!!
Mas o dia a dia afastou isso de mim...
Me casei, descasei, recasei, enviuvei...
Advogada, atuante nas cidades de Sorocaba e Votoratim, ouvia tantos ais e não
conseguia expressar os meus...
Então meus amigos Jorge Linhaça e Iára Pacini me estimularam a recomeçar a
rabiscar.
Obrigada pelo carinho e amizade!
Com amor!
Márcia, Má, MáO, Máboazinha, Mázinha não importa como você me chama, apenas não
deixe de me chamar.
beijus dus grandi

Deslize 180907...
Má Oliveira
E minhas pétalas só o outono conhecem
desde que, com o inverno você me presenteou...
o caule sangra
com lágrimas a terra rego...
com minha dor vou arando...
esperança brotando
ervas daninhas o lugar dominando
por espinhos me enveredando...
o passado é muito forte
não há futuro acenando
ao sol nega-se passagem,
cantos embolorando
a cada tentativa de arejar
vendavais dilacerando
a desordem retornando...
quando a verdade só a foice se obtém
a tolerância vai ceifando
conveniente... a quem???
reflexo no espelho estraçalhado
ao te ver decepcionado
por um abraço que pensas que não ganhou...
achas que escondeu?
e o monstro que ainda trago guardado...
viu-se alimentado...
com mais este deslize teu...
era só eu não ter olhado???
e pensar que o verão mora ao lado...
e a primavera me prometeu...
Publicado no Recanto das Letras em 18/09/2007
Código do texto: T658169

Dura
espera
Má Oliveira
Num culto involuntário
me pego diante do teu altar
elo misterioso
que o tempo não foi capaz de abalar...
visto o manto da saudade
que anuvia meu olhar...
falso riso em minha face...
me obrigando a disfarçar...
os pensamentos ainda se cruzam
neste adeus que não convenceu...
vidas interrompidas, divididas,
estranhamente... unidas...
e feito folha ao chão,
espero o vendaval,
que me leve até você...
e acalme meu coração
numa tempestade necessária
pro arco-íris atravessar...
e com tua digital novamente
me tatuar...
na cama, tão grande...
sufoco sem você
o abraço apertado da saudade
faz o corpo doer...
há quem chegue a duvidar
não tenho como explicar,
esse nós,
que a morte não conseguiu separar
feito fruta madura
esperando a colheita
tempo que não se estreita...
estou a murchar...
a porta não se fechou...
o fim não chegou...
a lágrima rolou...
a saudade não levou...
nem te afastou...
e neste oceano de dor
clamo pela hora do reencontro
com você, meu amor...
esperando ansiosa
ver estendidas tuas mãos carinhosas
e num leve toque em você
eu poder renascer...
Publicado no Recanto das Letras em 12/12/2007
Código do texto: T775020

Mudar...
Má Oliveira
Discussões no ar...
o beijo, perdeu o lugar...
a ausência tenta justificar,
transferir culpas...
lágrimas tornam-se sinônimos de amar.
Preciso de uma luz...
um pouco de ar...
mais vinho...
não chorar...
Não necessariamente nessa ordem...
A mente em desordem...
retrospecto da morte...
sem cadáver pra enterrar...
Mudar...
Talvez o cabelo cortar,
nem sei se vou gostar...
por anos, o eco do teu coração,
no meu a pulsar...
bastava fechar meus olhos e te alcançar...
por onde recomeçar?
Vou segurar... sem baquear...
fingir não ouvir o som
da lágrima pingar...
me repaginar...
não abrir a porta
a hora que, mais uma vez,
você pedir pra te perdoar...
me respeitar, me amar.
mesmo insegura
vou tentar...
Publicado no Recanto das Letras em 15/10/2007
Código do texto: T694829
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