Luiz Poeta ( sbacem - rj ) - Luiz Gilberto de Barros, tem 55 anos, é casado, tem três filhos, mora no Rio de Janeiro, é violonista, guitarrista, poeta, trovador, compositor, intérprete, produtor musical, artista plástico e professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Portuguesa.. 
Tem dois CDs gravados ( Bossa Ligth e Meus heróis só morrem de tuberculose e está gravando o terceiro ).
Foi premiado com algumas antologias e troféus pela participação em concursos nacionais e internacionais ( Academia Brasileira de Letras, Secretaria da Cultura - RJ, Secretaria de Educação RJ, Câmara dos Vereadores - RJ, Portal CEN e outros ).
Tem uma considerável coletânea de poesias, contos e crônicas e se considera um poeta compulsivo, fazendo parte de vários grupos importantes da net ( Portal CEN, Fórum dos Mestres Aprendizes, Távola Literária, Melzinhas, União Brasileira de Trovadores, Lunas e Amigos, Sublim...Arte, Locura Poética, Pluma y Palabra, Sala de Poetas, Escritores e Poetas, Amigos Portugal Brasil, Encantos e Poesias, Ecos da Poesia,Literatura-Bolívia, Textos e Pretextos e outros ).

Para os amigos que fazem parte desse tempo feliz da sua vida, costuma deixar sempre a seguinte mensagem: 

" De tudo fica um pouco, nem que seja um restinho delicado de saudade" 

Luiz Poeta. 
 



 


Jardincanto

Luiz Poeta ( sbacem-rj ) Luiz Gilberto de Barros 
Às 19 h e 10 min do dia 27 de novembro de 2005 do Rio de Janeiro, 
sob inspiração de uma das lindíssimas formatações de Sol Lua.

Tuas flores chegam com a primavera
Do teu riso manso sobre o que tu fazes
Quando tu demoras, fica triste a espera,
Que se recupera no amor que tu trazes.

Teu perfume chega mesmo antes das flores,
Assim te pressente o meu coração
Quando fecho os olhos e vislumbro as cores 
Soltas dos teus olhos plenos de emoção.

Por seres tão rara, eu guardo os momentos
Que proporcionas... dentro do meu peito
Repleto de cores e de sentimentos,
Tu emocionas meu ser satisfeito.

Tu me trazes flores, eu te dou meu canto
Guardo teus encantos... sou feliz assim...
Eu te dou tão pouco e tu me dás tanto...
Com os teus acalantos, crio o meu jardim.
 



 


Lacrimaginando-te

Luiz Poeta ( sabacem - RJ ) - Luiz Gilberto de Barros
Às 21 h e 37 min do dia 25 de dezembro de 2005 do Rio de Janeiro. 
Sob inspiração de uma das lindíssimas formatações de Denise Moura

Sinto tua falta... há um vazio
No meu coração... tento sonhar 
Com teu coração... mas silencio
Quando sei que nunca vais... voltar.

Lágrimas de amor são como rios
Soltos... solidão é como o mar,
Onde nossos sonhos são navios
Tristes, que não têm onde ancorar...

Olho minhas mãos longe das tuas,
Finjo em tuas mãos me completar,
Mas as minhas mãos estão tão... nuas... 
Tu não vens me acariciar.

Para que meu sonho restitua
Teu amor... não quero despertar, 
Mas se tua imagem se insinua,
Ela se dilui no meu olhar

E brota num pranto ... cristalino
Solto na escuridão da sala...
Num soluço, um eco repentino
Mostra ao meu amor... que a dor me fala.

Para esquecer que tu partiste,
Reinstalo no meu coração
Teu sorriso no meu riso triste
E durmo... no aconchego... da ilusão.
 



 


No Brilho Solitário de Uma Taça 

Luiz Poeta ( sbacem - RJ ) - Luiz Gilberto de Barros
Às 10 h e 6 min do dia 16 de dezembro de 2005 do Rio de Janeiro 
Sob inspiração de uma das lindíssimas formatações de Anna Paes. 

A marca de batom ficou na taça...
O gosto do vinho, na minha boca...
O tua ausência vem e me abraça
Eu tento te falar... a voz é rouca...

Percebo, então que só o teu retrato
Me olha e me sorri estranhamente...
Estou sozinho e triste, este é o fato
Que habita o meu silêncio... intransigente.

O vinho que deixaste me provoca,
Chorando, beijo a parte que tocaste,
Porém não é teu lábio que me toca
E sim parte da taça que beijaste...

Degusto a solidão, finjo beijar-te.
A lágrima desfaz-se em vinho tinto,
A dor, como um pintor transforma em arte
O amor tão sonhador... que ainda te sinto.

Então, no abandono que se instala,
Percebo a solidão de duas taças
Vazias... como um grito que se cala
No instante em que uma história... se estilhaça.

 

 

 

Solidões Particulares
Luiz Poeta ( sbacem-rj ) – Luiz Gilberto de Barros
Às 8 h e 26 min do dia 26 de maio de 2007 do Rio de Janeiro.

Tu te esqueces facilmente que me amas
E te ausentas sem adeuses, sem contatos;
Não te excitas, não conversas... não reclamas
E eu... sozinho... observando teus retratos.

Tu te aqueces no verão que tu recrias,
Mas o gelo triste do teu coração
Torna tuas solidões muito mais frias
E te envolve mais em cada solidão.

Nem te amas... tu apenas silencias,
Procurando um barco nas ondas do mar;
Teu amor navega mares de utopias,
Onde o sonho sempre insiste em naufragar.

Solitário, eu preparo o meu navio,
Solto as velas, crio sonhos imprudentes,
Mas o mar do meu olhar é tão vazio;
Só navego a emoção que tu nem sentes.

Meu amor enfraquecido, enfim, se prostra
E desmaia num sonho particular
Quando o sonho que tu tens nunca se mostra
E é no sonho que o amor quer se abrigar.

Silenciosa, tu caminhas pela sala
Meu olhar segue teus passos...sem destino
Como um barco de papel que o vento embala...
Sob os olhos delicados... de um menino.

Receosos, nossos gestos egoístas
Se restringem ao silêncio de uma dor
Que transforma nossos sonhos... pessimistas
Na arbitrária solidão do mesmo amor.


 

 

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