Liliane Rocha

Ser chamada de poetisa me deixa constrangida,
pois realmente não me considero uma,
mas gosto de fazer alguns escritos sobre a vida,
as pessoas e os sentimentos,
que na verdade são mais um desabafo da alma
do que uma pretensa obra literária.
Minha vida pessoal é simples como gosto que seja!
Meu nome é Liliane Rocha, Lina, era o pseudônimo que costumava a usar,
homenagem à minha musa inspiradora Cora Coralina, atualmente assino meus trabalhos com meu nome próprio.
Sou Mineira, moro em Belo Horizonte,
cidade onde tenho orgulho de ter nascido e me criado.
Profissionalmente sou Engenheira Civil
e me especializei na área rodoviária,
Sinto-me realizada na minha profissão, porém,
sinto também que é hora de diminuir as atividades como engenheira
e partir para jornadas diferentes, como trabalhos voluntários junto a jovens carentes, trabalhar com imagens e escrever .....escrever...escrever... rsrsrsrsr .
Tenho duas filhas (19 anos e 7 anos ), meus maiores orgulhos , como deve ser para toda mãe coruja!
O preceito por mim adotado é:
Ser feliz sempre, desde que haja respeito a si próprio e às outras pessoas!

Um Grande Beijo!

Liliane Rocha
 



 


Amanhecer

Liliane Rocha

Quando o sol pela fresta da janela entrar
abra os olhos ... a vida está a te chamar
Brinde com ele as novas esperanças
do dia que vai acontecer
é hora de toda janela escancarar
deixar o sol te inundar
seus raios dourados vão derreter
lembranças frias e de escuridão
as noites chuvosas em seu coração
sinta o sol em seu rosto bater
banhe a alma de iluminação
deixe o vento brincar em seus cabelos
respire o ar do alvorecer
encha os pulmões de liberdade
exale todas suas ansiedades
fecha seus olhos e veja os apelos
que há num amanhecer...
 



 


Encontro marcado

Liliane Rocha

Na solidão da noite escura
recordo o encontro marcado
em sonhos... em nossa loucura
um amor eternizado...

Lindo e inconsequente devaneio
onde não havia lugar para o receio
de bailar sob as estrelas do céu
ao som do desejo... um grande menestrel!

De mãos dadas passeando no infinito
íamos brincando pelas trilhas da paixão
e amávamos entre versos bonitos

Hoje do nosso encontro desejado
restou apenas uma ilusão...
esse amor vive eterno no coração
 



 


Filhos do vento

Liliane Rocha

Crianças lançadas ao relento
Como se fossem filhos do vento
Ou da inconsequência de atos
Que as tornam vítimas dos fatos
Famintas de abrigo...com fome de afeto
brincam rolando soltas pelo chão
não por opção... mas sim por condição
Esperam atentas quem lhes estendam a mão
quem lhes dê carinho e as alimente
um doce lar ... uma educação decente
Assim seguem seus rumos incertos
pela frente um futuro obscuro
Num país de muitas leis
é na lei da sobrevivência
que elas são se sustentam
e quando a fome aperta
atos ilícitos as acobertam
atentando contra cidadãos de bem
que nada sabem...que nada fazem...
Que nada vêem!



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