Nascido em Campinas, em meados da década de 50, resido desde então em Capivari, onde completei todos os meus estudos feitos até agora.
Sou formado em Administração de Empresas.
Trabalho na Secretaria da Fazenda de São Paulo, onde exerço a função de Técnico Tributário.
Sou colaborador do jornal Correio de Capivari, desde 1978.
Participo da Pastoral de Leitura da Igreja Matriz de São João Batista.
Participo de concursos de poesias desde 2003, ano em que justamente consegui um mui honroso segundo lugar.
Minha participação vem crescendo a cada ano, assim como, coincidentemente, também a produção, uma vez que nunca em toda a minha vida escrevi tanto quanto em 2005 e 2006 até agora, principalmente em 2006 que está me parecendo ainda mais promissor sob varios aspectos desde os que se referem aos objetivos, até à própria e vital motivação.
Tenho poesias publicadas em 12 ou 13 sites da Internet - o primeiro é o da Lígia Tomarchio, que por sinal tem colaborado muito neste sentido, até mesmo com formatações.
Este ano já consto de duas antologias poéticas - Clube dos Amigos das Letras, de Barra Bonita - sr. Sérgio Grigoletto, e, Editora Abrali, de Curitiba, sr. Celso Brasil.
Humanista, naturalista e sensível por natureza, amo demasiadamente os sentimentos e emoções, aos quais certamente pretendo dedicar uma parte de minha existência, transformando-os em textos poéticos.
 



 


Versos de mim

Versejo com a alma
Refletindo meu ser
Neste jeito simples de amar
E amante, amando vou,
Em direção ao futuro
Que ainda mal conheço,
Mas por si, por seu preço,
Nem sei se já o mereço
Contudo, sinto que ainda
Resta em meus dias
O descortinar da esperança
Que me torna fecunda a mente
Transforma-se na alavanca
Que para o futuro avança
Em tais condições e mesmo
No desencontro das emoções
De quem ainda não pôde
Dar-se tanto tempo para amar,
E exultando, sonhar,
Mas ainda bem, ainda assim,
Amando vou
Certamente, ao encontro do céu......

Capivari, 08/12/2005 - José Roberto Abib
 



 


Sussurros

Sussurros de pura afeição
Afetividade tão cara a nós dois
Docemente, saindo de nossas bocas
Em busca do único querer,
Lábios trêmulos
De ânsia incontida
Perpassam entre si toda a intensidade
Dos desejos
Que em seu despertar noturno
Adentram o coração
Numa passionalidade irrestrita
Ameaçadoramente impulsiva
Quase convulsa
No fragor de batalhas intermináveis
Em que o amor prevalece
Os amantes, o tempo esquecem
Somente se trocam em ser,
Um pelo outro
Afinal, amor de alcova é sempre assim
Inicia-se simplesmente com os
Sussurros da paixão.

Capivari, 28 de novembro de 2004
José Roberto Abib
 



 


Saudade

Trabalhosa e insistente
Esta chaga aberta
Dor tão manifesta
Na ferida injusta
Da ausência de ti
Mas, o tempo, ungido em graça
A agir se pôs
E, passando mansamente,
Tal qual suave aragem
Mostrou-me a clara verdade
De sua mensagem
Que desprovida de hipnótica dramaturgia
Refez-me, 
Com isso ensinando-me a paz,
Agora,
Em pensar não me demoro,
Pois à luz das evidências
Irmanei-me à certeza
De que estás, aqui, próxima
Talvez em mim,
Tão meiga e afável
Nitidamente amorosa
Que em tua aparência de luz
Estás mais diáfana e leve
Que a saudade, ora finda.

Capivari, 15/07/2005 - José Roberto Abib

 

 

 


Amor 

No amor,
Amar,
E da vida, o destino,
A sorte avessa, recusar
Direcionando a força do querer,
Para ti, e teu eu de beleza ímpar
Implícita em tua solicitude sentimental
Nativa em teu jeito exclusivo de ser
Eternamente renovável, cativante.
És minha própria condensação pessoal
Indevida finitude de mim mesmo
Que fulgura notadamente
Ao sol inextinguível dos encantos
Em sua mais pura razão de existir
Sendo, aquilo que és,
E eu, encontro nesta finidade,
O infinito sonhado
Ao sentir que em ti
O amor se inicia
Sem poder terminar.
Pois fazes-me sentir a nítida recriação
Das razões de ser,
Reencontro do verdadeiro sentido
Prazeiroso de viver. 
Tu, que me procuras, desde a
Flamante aurora dos desejos passionais,
Envolta e absorta
No mais puro e includente
Impulso de amante, ciosamente amada,
Contas com a ajuda efêmera
Do brilho das estrelas, para em tal fim, 
Êxito vir a lograr,
Mas, no decorrer da solidão noturna,
Também cedes à dor presente,
Da ausência de mim,
A outra parte de teu eu.
Desejo que voltes,
Pode ser agora,
Sem mais tardanças ou ensejos, 
Sem maiores ensaios ou lampejos
De qualquer dúvida que existir possa,
Para que juntos testemunhemos
A consumação do amor,
Nossa justificativa máxima
Para um tempo sem fim..

Capivari, 06 de maio de 2005-05-07

José Roberto Abib

 

 

 

 

Apelo 

Grita em mim
Esta voz infinita e,
N'alma sinto a desdita
Desta grita,
Pois mesmo que não exista,
Mas por si só, persista
Parece não se encerrar,
Sei lá o que de mim pretende,
Mas enfim, 
Se estou no mundo 
Também posso clamar
Rogando aos céus proteção
Ao Deus da vida, a paz
Para a mim próprio transformar,
Assim mesmo, por amor,
E já que ele não finda
Nem assim termina esta desdita
De apelar por meio da grita,
Pois gritar é uma arte,
É a sina tão bendita
De muitos nesta terra,
Ora,
Sabe-se que melhor dita não há
Que toda a beleza contida
No apelo que representa
A infinita ventura de amar!

Capivari, 16/03/2005 - José Roberto Abib