


Jane Botti por Jane Botti
Quando há necessidade de me apresentar, acontece sempre a mesma dúvida. A quem devo anunciar?
Jane-mulher ou Jane-poeta? Ou talvez deva falar a cerca da profissão, estado civil, idade, família, casa, etc. Então, me apresento como: Jane-poeta-mulher. Assim é mais fácil, já que essa não possuí títulos, idade, morada...
Jane-poeta-mulher escreve já há alguns anos. Suas inspirações alimentam seu silêncio e preenchem seus buracos emocionais. Seus poemas são intensos, mas não envergam para o romantismo. Falam do possível e também do impossível, pois não gosta de escrever o óbvio e tem pavor à banalidade.
Suas rimas são de desejos e delírios, onde a culpa se encosta do lado de fora.
Quanto a Jane-cidadã, creio que a conhecerão através da poesia e do convívio, pois o que ela pensa ser, certamente, não será o que pensarão dela.
Um afetuoso abraço,
Jane Botti
Porto Alegre-RS
Jane Botti por Suzette Rizzo
Ela é sensual, feminina, felina.
Sendo franca e otimista faz muitos amigos e a eles doa-se de coração.
De modo informal, acomoda-se deliciosamente nas vidas que atravessam seu destino.
Falar dessa criatura é como falar de leveza,
como ouvir sons de risos ecoando agradavelmente em nossos ouvidos.
É aquela pessoa que completa nossas vidas e fecha o circulo das amizades escolhidas.
Não se hospeda em nossos corações. Fica para sempre!
E com ela passeamos todos os caminhos de uma boa conversa e desfrutamos com prazer
sua excelente poesia.E seus poemas são como sais de banho e jóias raras,
porque escreve seus sentimentos de modo muito especial.
Valeu mesmo a pena, conhecê-la.
Apresento-lhes com muito prazer minha amiga Jane Botti
Suzette Rizzo

Luar sem tempo
Jane Botti
Da noite sou o tempo
pulsando sem pressa...
Do silêncio sou a invasão
de juras e promessas...
Do mistério sou a luz
acalentando a alma solitária...
Da sedução sou o fascínio
da contemplação brejeira...
Da química sou o cheiro
de corpos esquecidos no prazer...
Dos enamorados sou a cumplicidade
de mãos descobrindo mãos...
Da manhã sou a dúvida precoce
do retorno desejado...
Do Sol sou a memória
aprisionada no impossível...
Da história sou a mão dupla
da eternidade de um luar sem tempo...

Suposta certeza
Jane Botti
Diante da incerteza
estremeço e invento
um grande acontecimento.
Na vertente do silêncio
tento um jeito
de subornar os sentimentos.
Na súplica aflita do temor,
intento fartos gestos
nos afetos pendentes.
Nas perigosas emoções
inverto a criação maliciosa
e testo as diferenças.
Na simetria do coração
isolo a dúvida pungente
e deixo singrar a imaginação.
No velho enredo do amor
gravo um novo domínio
e concedo a suposta certeza
de que haverá sempre
um inusitado recomeço.

Sou
Jane Botti
Sou imperfeita,
de mim sou cópia perfeita,
sem dimensões,
vou agonizando nas emoções,
pérfidas...
Sou impossível,
de mim sou uma cópia perecível,
sem direção,
vou seguindo o coração,
funesto...
Sou utópica,
de mim copio a própria sorte,
sem razão,
vou tecendo as ilusões,
inéditas...

Pecadora
Jane Botti
Como pecadora, pertenço a ti
e entrego-me à vida
onde almas não possuem nomes
e a magia sobrevive ao tempo
em todos os momentos
Como pecadora, convido-te
a conhecer a luxúria do mundo
onde os mistérios da carne
rompem temores e pudores
em um só movimento
Como pecadora, ofereço-te a liberdade
(sem hipocrisia)
dos verdadeiros sentimentos!
Autora: Jane Botti
Todos os Direitos Reservados
Textos registrados, em nome da autora, na
Fundação da Biblioteca Nacional do Ministério
da Cultura do Brasil, sob número 267.304, livro 479, fls.464.

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o site da autora:
www.jane.botti.nom.br

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