


Giovânia Correia de Jesus, nasceu na cidade de "Barbalha", conhecida como a cidade dos verdes canaviais e dos casarões coloniais, localizada ao sul do estado do Ceará, no dia 09 de novembro de 1971, mas a mesma reside na capital de São Paulo desde 1973.
Filha de pais cearenses seus familiares também são todos de lá, só tem um irmão mas o mesmo nasceu em São Paulo, suas raízes são bem plantadas na região nordeste de nosso país. Casada desde 1993, tem uma filha de 09 anos Marina Teresa que é a maior riqueza da sua vida.
Sempre gostou de redigir os frutos do seu pensamento, começou a escrever aos 11 anos contos, estórias e lendas e aos 14 anos entregou-se de corpo e alma ao mundo poético, sempre lendo muito: Fernando Pessoa, Carlos Drummond, Cecília Meireles, Vinícius de Morais, Raimundo Correia e Auta de Sousa, poetas que sempre cativaram sua alma e o seu coração.
Hoje Giovânia está cursando teologia, muito católica, apaixonada por Santa Terezinha, procura levar aonde vai um pouco de amor e carinho aos corações entristecidos. Está para cursar também faculdade de letras outro grande sonho, pois sua mãe e seu irmão são professores. Uma de suas emoções foi colocar no ar no dia 12/12/04 o seu site www.sonhoseemocoes.cjb.net, escreve em versos os frutos do seu pensamento sempre procurando fazer de sua vida uma constante poesia. A maior riqueza da sua vida: Sua família e seus amigos que são poucos mas especiais.
Seu passatempo preferido: Ler, redigir, tocar violão e ouvir músicas, gosta de todos os gêneros musicais, pois acha que cada um deles tem algo de especial, sua mensagem própria.
Seu lema: "Eu canto porque o instante existe e minha vida está completa. Não sou alegre
nem triste: sou poeta." (Cecília Meireles)

Insensível
Giovânia Correia
Hoje não sinto saudades...
Hoje não consigo amar...
Me peguei assim insensível.
Quando estava a despertar.
Não sei o que comigo aconteceu...
Cansei de tanto sofrer...
Cansei de não ser amada.
E nem querida por você.
Cansei dessa solidão.
Que os meus dias vem embalar.
Cansei das horas vazias,
que o meu peito vem sufocar.
Não tenho mais sentimentos.
Sou uma poetisa hoje do acaso.
Não sei se escrevo o que sinto.
Não sei se escrevo o que falo...
E com essa insensibilidade.
Que hoje me faz companhia.
Vou seguindo o meu caminho
Passando por esse dia...
Um dia em que ficará marcado.
Enquanto eu viver.
O dia em que a poetisa perdeu a sensibilidade.
E seus sonhos não conseguiu escrever.
O dia em que a poetisa que vive em mim.
Perdeu as suas emoções...
Enterrou os seus sentimentos.
Até mesmo as suas recordações...
Por hoje não me ame!
E não tente me compreender.
Sou hoje o perfil da insensibilidade.
Nem mesmo quero escrever...

Ruínas
Giovânia Correia
Caminhando sobre as ruínas.
Em que se encontra o meu ser.
Uma lágrima vem por fim a rolar.
Após muito padecer...
Tantas foram as construções.
Tantos projetos nasciam.
Hoje encontro-me sozinha e triste.
Pois os meus sonhos aqui jaziam...
E continuo a caminhar...
No meio de toda essa destruição.
Nada vem ao meu alento.
Já não encontro mais salvação.
Perdida assim a ermo...
Não vejo uma direção.
Mesmo com a fé latente em meu peito.
Fico abandonada na solidão...
Essas ruínas em que hoje me encontro.
É tudo que de mim restou...
Eu que tanto falava de "Esperança"
Hoje vivo sozinha e sem amor...
Sim, pela falta de tal sentimento.
Já não consigo mais sonhar.
Ele é o semblante do meu lamento.
Não consigo ficar sem amar...
O que fazer? Aonde ir?
Fico as margens dessas ruínas.
Que continuam a me destruir...

Deserto
Giovânia Correia
As vezes torna-se tão difícil,
esses momentos de deserto atravessar.
O peito sufoca, a alma cala.
E uma lágrima se põe a rolar.
Ah...tem momentos que são insuportáveis.
Uma verdadeira via sacra pareço percorrer.
A cruz torna-se cada vez mais pesada.
E em minha face vê-se o perfil do sofrer.
Pensamentos frios e nefastos me invadem.
Tudo ao meu redor parece escurecer.
O coração suplica inconformado.
Pelos sonhos que aos poucos estão a perecer...
E a cada segundo o meu deserto pessoal,
ganha mais dimensão...
Vejo a vida me escapar por entre os dedos.
Onde está oásis da minha salvação?
Busco pensar no meu Senhor.
Dele tenho sede, e clamo por Ele avidamente.
Mas a cada pulsar de meu coração,mais aumenta a minha dor.
E o meu peito fica por fim dormente...
Padecer nesse deserto, já temo...
Fecho os olhos e fico a suplicar.
Quando será que nessa vida,
serei amada e poderei amar?
Enquanto esse dia não chega.
Nesse deserto continuarei caminhando...
Quem sabe algum dia,
conseguirei dele sair.
Pois nele permaneço e por esse dia estou esperando....

Visite o site da autora:
www.sonhoseemocoes.cjb.net

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