FERNANDO REIS COSTA

Nasceu em Oliveira do Hospital e reside em Coimbra, onde estudou e se licenciou em enfermagem – área de saúde mental, com pós-graduação em Administração. Frequentou o Curso de Direito na Universidade de Coimbra, que não chegou a concluir, por razões de ordem profissional e familiar.
Exerceu o cargo de chefia na área hospitalar e, mais tarde, optou pela carreira do Ensino de Enfermagem, que exerceu durante cerca de 20 anos até à sua aposentação.
Começou a escrever alguns poemas numa fase crítica da sua vida – internamento e falecimento da sua esposa, em 2003 – cujos textos agrupou num pequeno livro – “Desabafos” – (ed. 06-2007), expressamente para familiares e amigos íntimos), essencialmente escrito em memória da mulher.
Nesse livro se incluem “Triste Madrugada”, “Cravo Vermelho” e “A minha Dor”, entre outros. Porém, foi a partir de meados de 2006 que se dedicou mais à poesia, tendo colocado na Internet, em 17 de Julho desse ano, o seu Site pessoal – “Ventos que Passam” – www.ventosquepassam.com.br .

Tem textos de sua autoria em vários Sites e Blogs.

É membro efectivo de várias associações e Projectos Culturais:

- A.P.P. – Associação Portuguesa de Poetas;
- AVSPE - Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores – Brasil
- Academia Virtual Brasileira de Letras;
- Cônsul em Coimbra do Movimento Poetas del Mundo;
- Para ler e Pensar;
- Luso-Poemas;
- Puente de Amistad Marta Villavicencio;
- Os Confrades da Poesia;
- Ciranda das Letras – Canto da Poesia:

Colaboração em Rádios:

Rádio Novo Nordeste – Brasil, onde participou com a rubrica “Eu, Você e a Poesia”;
Rádio DigitalFM – Famalicão, Portugal;
Rádio ArInfo – Argentina

Livros publicados:

- “Desabafos” (Junho.2007);
- “Ventos que Passam – Poemas” (Julho.2007);
- “Intemporal” – Conto e Poesia – (20 autores) – Ed. Minerva, Lisboa, Fev. 2008;
- “Antologia de Natal” – U.L.L.A. – União Lusófona das Letras e das Artes;
- “Antologia Soletrando” – Ed. Abrali (Em edição).

 




O Poeta e a Primavera
(Fernando Reis Costa)


Começa a Primavera... E que alegria!
Abrem-se os corações, brotam as flores,
E os poetas, nas canções da poesia,
Mais inspirados estão com seus amores!...

Cantam mais alto, em verso, os seus louvores!
E aos seus amores, em grande apologia,
Doam versos em forma de flores 
De toda a Primavera deste dia!

Renasce a Primavera! E, na poesia,
Os cânticos d'amor e de saudade!
-E quanta dor e pranto, e nostalgia...

O poeta transforma em alegria
Nos versos d'amor e d'amizade
Da sua Primavera: - a Poesia!... 

Fernando Reis Costa
Março / 2007

 

 


 


Emoções de Um Poeta
(Fernando Reis Costa)

Escrevo versos sem rimas procuradas;
Palavras que são a voz do coração;
E quantas vezes com lágrimas choradas
Em momentos de extrema solidão!

Como poeta, tenho a sensação,
Que a vida é como um jogo: ou tudo ou nada:
Às vezes...É de alegria a emoção;
Outras...de nostalgia indesejada!...

Na poesia mora a dor e o encanto:
-Dois extremos da emoção vivenciada,
Num misto d’alegria, amor e pranto...

E os meus versos, assim, de parca rima,
Dessa emoção, eles são a minha sina...
São como eu sou: – só isso e mais nada!
 



 


A Ti, Mulher!...
Fernando Reis Costa

A ti, Mulher...
Que nasceste para amar e ser amada,
Criada para dar vida à própria vida;
E que és ainda tantas vezes maltratada
Nesta sociedade louca, corroída…

A ti, Mulher…
Que negados vês ainda alguns direitos
E te oprimem da suma liberdade
Como se fosses serva fiel da sociedade
Neste mundo sujo em preconceitos…

A ti, Mulher…
Que pela natureza és uma bênção querida…
E em teu peito tens o leito e dás guarida 
À ternura, ao carinho e ao amor…

A ti, Mulher…
Quero exaltar o teu real valor…
Não hoje simplesmente, aqui, agora!
Mas…que o Dia da Mulher – o seja sempre:
-Hoje, amanhã, e a toda a hora,
E te libertes das garras do furor
Desta sociedade incompetente e corrompida!

A ti, mulher…
Baixa, alta, branca, negra, magra, obesa…
Flor, fruto e semente que dás vida à própria vida;
Que és do carinho e do amor rainha de beleza
Obra-prima e divina da própria Natureza…
Mulher, filha, esposa, mãe ou avó querida…

A ti, Mulher…
-E sem favor - … Eu quero exaltar
Nos versos que declamo em teu louvor:
-Curvo-me perante ti, Mulher, por seres quem és!
-Deixo estes humildes versos a teus pés
E neles… cada palavra é uma flor!


Fernando Reis Costa

 

 

 

 

Hoje,
Dia dos Namorados...

Queria escrever um poema para ti
com os versos mais lindos
que alguma vez escrevi,
para exprimir o quanto sinto.

Não sei inventar palavras
e não gosto de neologismos.
E do que sei e sinto – não te minto...
“Paixão, amor, saudade, enamorado”...
são meros romantismos,
coisas de dicionário antiquado,
que não traduzem o que sinto!

“Meu amor, minha querida,
minha amada” e outras tais...
são frases que dizem pouco; ou nada.
São frases feitas, já ditas e banais...
Na nossa vida!

Mas entretanto...
não tenho outras mais
para exprimir a verdade e o sentido
de quem te é querido e te ama tanto!
Demais? - Nunca demais!

E apesar de, no espaço, estares distante...
deixo as palavras e vou ao importante:
- Fica um beijo e um abraço
forte, sentido, demorado...
(e lá tenho eu que dizer): - ”do namorado”

(Aos românticos namorados)

Fernando Reis Costa
14.Fevereiro.2012