Manuel Eugénio Angeja de Sá
Nome literário: Eugénio de Sá
Membro Efetivo da APP – Associação Portuguesa de Poetas
e da AVBL - Academia Virtual Brasileira de Letras.

Bibliografia virtual:
O Recanto do Tempo
Antologia – três volumes
Vontade, Mente, Emoção

Nasci em 1945, no típico bairro da Ajuda, em Lisboa, Portugal.
Lisboa está-me nas veias, tal como a literatura e a poesia, que sempre me cativaram o espírito.
Por circunstâncias da vida familiar, cedo conheci Sintra, onde vivi e estudei durante toda a fase do ensino secundário. Uma vila encantada, que ainda hoje visito regularmente.
A frequência do Instituto Comercial levou-me ao quotidiano da capital, até que chegou o tempo de cumprir o serviço militar na Força Aérea Portuguesa, corria então o ano de 1962.
Hábitos de leitura, a que uma avó querida não é alheia, dotaram-me de vontade e gosto pelo conhecimento.
O deslumbramento pela poesia chegou em 1968, trazida num livrinho que recebi das mãos de José Saramago, então colaborador do Jornal A Capital, onde iniciei a minha actividade de comunicador a que me dediquei largos anos.
Dos últimos cinco anos, quatro foram passados na América do Sul (Brasil e Colômbia), onde reuni material e experiência para escrever um livro.

Em Abril de 2011 regressei definitivamente a Portugal.

M. Eugénio de Sá

e-mail: eugesa@gmail.com

 

 

 

 

A sós, connosco
Eugénio de Sá

Quando a saudade fica na ombreira
da janela onde vivemos recordando
ficamos a saber que a vida inteira
é tempo a mais para irmos esperando

E então de mansinho outras memórias
aos poucos em nós vão regressando
por instantes em nós outras glórias
vão com justa razão lugar ganhando

Até que nos sentimos mais felizes
e a vida vai pintando outros matizes
nos dias que nos restam desta vida

Que nos foi dada para a desfrutarmos
e aprendermos nela a adaptar-nos
ao que parece às vezes sem saída





Estas coisas tão minhas...
Eugénio de Sá

Ah, estas coisas tão ternas e tão minhas;
Ouço e minh’alma eleva-se ao astral!
- São os arrulhos mansos das pombinhas
Na mansidão quimérica da tarde outonal.

E mais me invadem os sons da natureza;
Além a cachoeira que despenca
Mil galões d’água pura da represa
Em divinais murmúrios d’água...benta!

Mais longe, qual magna-idílica sinfonia;
Gorjeios de avezinhas anunciam que o sol
Em preciosos tons de fim de dia
Vai escondendo os rubores num arrebol.

E eu vivo estas coisas tão ternas e tão minhas
Regenerando a alma nos faustos da poesia;
Nas minúsculas aves, nas coisas comezinhas
Com que só um poeta se extasia.
 




O Homem do tempo presente
Eugénio de Sá

Pergunte-se ao mais comum dos mortais
Que cor tem este céu que nos envolve
Chamar-lhe-á azul, como os demais
E se dará uns ares de quem resolve
Mas na alma tem tons menos formais

Pergunte-se, a seguir, se ele é capaz
De confessar de si qual a razão
Que o fez perder o viço de rapaz
E de fechar-se ao próprio coração
Ensurdecido ao vício contumaz

Pergunte-se-lhe, enfim, pela verdade
Onde foi que a deixou, que a esqueceu
Constatem como é falsa a hombridade
Ao se negar os males que cometeu
Recusando-se a tanta iniquidade

Ah, homem deste tempo, meu irmão
Quem te criou assim, n’ambiguídade?
Quem com féis e vinagres, quem então
Te temperou a fleuma de maldade
E fez de ti um poço de omissão?

Vê que p’la mão da tua humanidade
Podes mudar o mundo e seres melhor
Veste-te de altruísmo e humildade
Assume a realidade, inunda-te do amor
Com que Deus nos criou; em irmandade!
 

 

 

 

 

 

 

 

       

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