


Sou uma pessoa simples demais. Romântica, sonhadora, mas com
pés firmes no chão.
Fui professora durante trinta e um anos, sendo doze deles com pessoas especiais,
deficientes mentais.
Sou artista plástica, com formação em Educação Artística pela FEBASP (Faculdade
de Belas Artes de São Paulo).
Gosto de escrever, mas não me considero poetisa ou escritora. Sou escrivinhadora
de sentimentos nas crônicas, causos e prosas (que são textos verdadeiros) e uma
romântica fantasiadora nos versos sem regras, sem métrica e quase sempre sem rimas.
Adoro ser avó e tenho um netinho de três anos e meio e também amo ser mãe!
Minhas filhas têm 21 e 24 anos. Me considero uma pessoa de bem com a vida.
Tenho um site onde podem ser encontrados meus trabalhos e os sites que fiz:
http://ilove.terra.com.br/edna/principal.asp

Plenitude
Marque encontro comigo
Na paisagem mais bonita
Apenas hoje seja pontual
Para adentrar meus sonhos
Se arrume
Com o melhor traje
Na simplicidade exata
Das pessoas elegantes
Não use perfume
Preciso do seu cheiro
(Sua voz, seu texto, eu já conheço)
Preciso da sua pele
Do seu toque
Como a lua precisa da noite
Para fingir-se estrela
Chegue assim brilhando
Com o sol das manhãs
E só se despeça
Com o pôr-do-sol.
Preciso juntar os pedaços de você
Para que eu possa entender
Se como adolescente amo um sonho
Ou se como mulher amo um homem
Edna Feitosa

Incertezas
Edna Feitosa
Depois do adeus dito num sussurro
e da frustrada tentativa de renúncia,
houve uma doída ausência,
mas nunca um doído arrependimento.
Nas estrelas um brilho menor...
As horas massacrando os dias
pra que se pensasse menos...
A vida adquirindo novo sentido,
para o que não tinha alternativa.
Depois veio a saudade...
E veio tão violenta,
tão agressivamente dolorida,
que fez o adeus perder o sentido.
As almas se procuraram...
enquanto os corpos se renderam
e, numa terna loucura ,
se entregaram, em plenitude.
Depois veio de novo o silêncio...
Sem dor, sem arrependimento,
sem adeus nem promessas.
O abraço, o sorriso na despedida
mesmo sabendo que depois,
o olhar libertaria o pranto.
...E agora, quando os rumos se desviam,
novo presságio de tristeza se avizinha,
sentindo começar uma saudade
do amigo que, a custo, assegura
que a amizade é um amor
que jamais termina!

Recusa
Se no céu as estrelas se reorganizarem
E no escuro as nuvens (re)desenharem seus vultos
Se a lua mudar suas fases sem nenhum alarde
E o sol se recolher sem inquietar o entardecer
Se minh´alma romancear menos as trivialidades
E meus passos tiverem metas previsíveis e planejadas
Se as expectativas não forem cultivadas
E as ilusões não causarem inquietantes tremores
Se as crenças forem sempre ponderadas
E as atitudes perfeitamente equilibradas
Se tudo for assim calculado
E a vida se organizar numa correta história
Sem lágrimas me rebelo em fuga
Pois dias insossos assim
Decididamente não quero pra mim!
Edna Feitosa

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