Arneyde Tessarolo Marcheschi 

Natural de vitória, nascida em 14/05/1949, professora aposentada, viúva de Vasco Marcheschi, mãe de Rodrigo e Giovanna e avó do Lucca e Enzo. 
Desde menina, eu adoro escrever, e incentivada pelo meu marido continuei a escrever meus poemas e poesias, ditados pelo meu romântico coração. 
Eu lançarei brevemente , se deus quiser, meu primeiro livro "Vida Transparente", nome escolhido pelo meu esposo. 
Esse livro contém meus poemas e poesias, além de fragmentos da minha vida, e foi enriquecido por obras poéticas dos escritores:

Daniel Cristal
Marcial Salaverry 
maestro Jose Geraldo Martinez 
Silvane Saboia
Edmea Barssotti
Anna Paes
Fafa Lima
Margarida Reimão
Jacira Cardoso
Marici Bross

Maria Hilda de J. Alão

Alberto Peyrano

Magdalena Lea

que gentilmente permitiram que seus poemas enobreçam "Vida Transparente" , alguns em forma de dueto comigo. 
Prefácio do Dr. Sebastião Gualtemar Soares

 

 

 

 

Chora Poeta
Arneyde T. Marcheschi


Chora poeta,
deixe suas lágrimas verterem
sobre seus sentimentos,
deixe fluir sua dor
poetar não é só falar de amor.
Chora poeta
expresse seu desamor
pare de driblar a solidão
de enganar a emoção
de falsar a infelicidade
que lhe vai pelo coração.
Chore poeta
desague nos oceanos da vida
que muitas vezes não lhe dá guarida
eterna caprichosa
que sua alma abriga,
enganado-se nos torvelinhos
caminhando em curvas perigozas
perdendo-se nas retas das estradas
maliciosas, contundentes.
Chore poeta
desague seu pranto
recolha suas flores,suas desilusões
escondidas no seu âmago
você com as comoções
mas não se esqueça de voltar
a sonhar,a devanear,
pois sem você, poeta
a vida não existiria
não teria graça, nem cor,
e nada mais, seria alegria.

Vitoria.E.Santo 02/10/2005


 


Morte
Arneyde T. Marcheschi


Terra árida seca
animais pelo chão
agreste sem flores
choro de emoção.
Céu sem estrelas
vulcão,terremotos
ciclones,maremotos.
Crianças famintas,
pés descalços,
olhos esbugalhados
órfãos da própria sorte.
É muito triste viver na
comiseração,
morrer antes de viver.
viver de compaixão.
Morto pela própria morte...

Vitoria.E.Santo 26/07/2005


 


Show da Vida!
Arneyde T. Marcheschi

Palco dos amores
sombras da noite
eu, você, o espetáculo.
Ensandecido seu corpo
sorve o meu,
suga minhas gotas
de orvalho
descendo ate a concha
onde repousa o amor
a espera do gozo final.
Fim do primeiro ato
aplausos e orgasmos.
Na cochia, musica suave
velas perfumadas
aromas afrodisíacos.
Na plateia, aplausos
loucos, para o sexo
intumescido, que cresce
pouco a pouco.
Na penumbra dois corpos
gritam alucinados
pelo orgasmo atingido.
Apagam-se as luzes
desce a cortina
somente as gotas brancas
sementes da vida
permanecem vivas.
Corpos latejando
rolando pelo chão,
extasiados, quedam-se
exauridos, saciados
ensandecidos...
É finito o espetáculo
da vida...
da procriação...
o ato sublime da paixão.

Vitoria.E.Santo 10/05/2005

 

 

 

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www.vidatransparente.com.br