Síndico de Almas
Lyriann De Mello
Esse imenso maternal, ora vazio,
que há tempos vem e me invade.
Guiando - me por um estranho desvio,
onde vou parar só Deus é quem sabe.
Meu corpo... Um albergue!
Moram nele anjos e demônios,
A fé em Deus por vezes me ergue,
num alerta ao importante patrimônio.
Sem ruídos, mansamente, vem a ajuda,
na imagem suave, banhada em luz.
Um síndico silencioso chega e muda
Meu corpo, um albergue, libertos da cruz.
Anjo traduzido num ensolarado dia
bom de sair com o vento no rosto.
Anjo Simone, síndico da alegria,
sorriso infinito curando desgostos.
07/05/2005 – 10h: 25m.

|